Le Nozze di Figaro - Mozart - 1786


Wolfgang Amadeus Mozart
(Salzburgo, 27 de janeiro de 1756 – Viena, 5 de dezembro de 1791)

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 Le nozze di Figaro (As bodas de Fígaro)
  
Idioma original    Italiano
Compositor    Wolfgang Amadeus Mozart
Libretista    Lorenzo da Ponte
Tipo do enredo    Cômico
Número de atos    4
Número de cenas    4
Estréia    Burgtheater em Viena, Áustria, em 1º de maio de 1786

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Personagens

Conde de Almaviva 
      (esposo da Condessa, mas vive assediando Susanna)     
      barítono
Condessa de Almaviva 
      (esposa do Conde)     
      soprano
Fígaro 
      (noivo de Susanna)
      baixo-barítono
Susanna 
      (noiva de Fígaro)
      soprano soubrette
Cherubino
      (pagem dos condes de Almaviva) 
      (personagem-travestida)     
      mezzo-soprano
Marcellina     
      soprano
Bartolo     
      baixo
Basílio/Don Cursio
       (maestro de canto de Susanna)    
       tenor
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 Ópera completa


Legendas em espanhol

Figaro:Knut Skram
Susana: Ileana Cotrubas
Conde: Benjamin Luxon
Condesa: Kiri Te Kanawa
Cherubino: Fredirica Von Stade

Glyndebourne 1973
John Pritchard

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Relação entre O Barbeiro de Sevilha e as Bodas de Fígaro

Para entender a relação entre O Barbeiro de Sevilha e as Bodas de Fígaro é preciso voltar ao final do século XVIII, quando Pierre Augustin Caron de Beaumarchais escreveu três comédias para teatro: O Barbeiro de Sevilla (1775), As Bodas de Fígaro (1784) e A Mãe Culpada (1792).

Em 1782, Giovanni Paisielo compõe a ópera O Barbeiro de Sevilha, que estreou em S. Petersburg (Rússia).

Em 1.786, em Viena (Áustria), Mozart estréia com grande sucesso As Bodas de Fígaro. A história se passa 30 anos depois das aventuras de Fígaro em O Barbeiro de Sevilla.

Em 1816, Gioacchino Rossini estréia em Roma a mesma ópera. Ambas baseadas no mesmo texto de Beaumarchais. O Barbeiro, de Rossini, é a versão que se tornou conhecida em todo o mundo, rivalizando em popularidade com As Bodas de Fígaro, de Mozart. Curiosamente, a história das Bodas é a vida de Fígaro e seu casamento 30 anos depois dos engraçados episódios de O Barbeiro de Sevilla.

A ópera As Bodas de Fígaro possui um rítmo alucinante em que as intrigas e situações hilárias acontecem muito rapidamente e o tempo todo.



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Sinopse

A ação desenrola-se no Castelo do Conde de Almaviva, algures perto de Sevilha, no ano de 1785.

Fígaro e Susanna, servos do Conde e da Condessa Almaviva, estão noivos e casam em breve.

O Conde mantém um longo assédio sexual a Susanna o que a faz duvidar que este venha a cumprir a sua promessa de abolir o tão odiado Direito do Senhor, que estabelecia a prerrogativa de se deitar com a serva antes de a entregar ao futuro marido.


Ato I

Numa sala pouco mobiliada, Fígaro e Susanna fazem os preparativos da sua iminente boda. O criado tira medidas do seu novo quarto para calcular a disposição dos móveis enquanto a donzela prova o chapéu que usará durante a cerimônia. Cheio de satisfação, Fígaro comenta que a proximidade do confortável quarto com os aposentos dos condes facilitará o trabalho do futuro casal. No entanto, Susanna quebra a sua felicidade quando lhe conta o verdadeiro propósito do seu senhor: a localização do quarto permitir-lhe-á estar mais perto da jovem para exercer o seu direito de pernada. Fígaro, consternado, pergunta à sua prometida como é possível que Almaviva queira fazer uso de um direito que ele mesmo aboliu. A jovem responde que o Conde parece ter-se arrependido de tal decisão. Soa uma campainha e Susanna acode à chamada da Condessa. Só em cena, Fígaro comenta que seu amo não conseguirá o que quer:se quiser dançar, terá de ser ao som do seu tocar.

A seguir Fígaro abandona a cena e entram Bartolo e Marcellina,que mostra ao médico um contrato em que Fígaro se compromete a devolver a soma de um empréstimo. A intenção da mulher é exigir o pagamento imediato dessa dívida com a finalidade de impedir a boda do criado, por quem está apaixonada. Bartolo decide apoiá-la, porque deseja vingar-se do criado; há algum tempo, Fígaro ajudou o Conde a raptar a sua amada pupila Rosina, que se transformaria na Condessa de Almaviva. Bartolo sai de cena e entra Susanna com um vestido da sua senhora. Ambas trocam insultos sob uma forçada cortesia.

Assim que Marcellina sai, chega Cherubino. O jovem pagem dos Condes confessa a Susanna que o seu senhor o despediu porque o surpreendeu com Barbarina, filha do jardineiro Antonia, e pede à criada que interceda por ele perante a Condessa, a quem venera. Depois, cheio de ardor adolescente, declara o seu amor por todas as mulheres.

Ouve-se o voz do Conde, que se aproxima à distancia. Cherubino esconde-se rapidamente por detrás de uma poltrona. Uma vez em cena, Almaviva corteja Susanna, mas a repentina chegada do sacerdote Basílio, cuja a intenção é convencer a jovem prometida a aceder aos desejos do seu patrão, interrompe os seus propósitos. O Conde decide se esconder também atrás da poltrona, precisamente no momento em que o pagem abandona com muita agilidade o seu esconderijo para se sentar sobre o mesmo assento, que Susanna habilmente cobre com o vestido da Condessa. Basilio, pensando encontrar-se a sós com a criada, faz alusão à atração que Cherubino sente pela Condessa. Almaviva, irado, decide abandonar o seu esconderijo. Susanna finge desmaiar para salvar a situação que, no entanto, se enreda ainda mais quando o seu senhor descobre Cherubino enquanto explica, precisamente, como tinha descoberto o jovem com Barbarina. O aparecimento súbito de Fígaro com um grupo de camponeses quebra a tensão. Os aldeões atiram flores aos pés do Conde para lhe agradecer a abolição ao direito da pernada. Depois, o prometido pede ao seu senhor que coloque um véu branco sobre a cabeça de Susanna como símbolo de pureza. Almaviva compreende de imediato a manobra do seu criado e entra no jogo, mas interiormente promete vingar-se. O par pede perdão de Cherubino, que é exonerado das suas culpas a troco da sua imediata incorporação no regimento de Almaviva. O 1º ato termina com a cômica descrição que Fígaro faz da dura vida militar que aguarda o pagem.

Ato II

Enquanto a Condessa lamenta as infidelidades do seu esposo, chegam Susanna e Fígaro, que a informa ter enviado uma carta anónima ao Conde, fazendo-o crer que existe outro homem na vida dela.

Sai Fígaro e nesse momento entra Cherubino, que canta o seu amor à Condessa. A Condessa e Susanna disfarçam-no de mulher e pedem ao Conde uma conversa com Susanna, à qual assistirá Cherubino. Nesse momento aparece o Conde e Cherubino tem de se esconder numa divisão. A Condessa diz ao Conde que é Susanna quem ali está escondida e ele tenta derrubar a porta.

Entretanto Susanna - também escondida - ajuda Cherubino a sair da divisão e põe-se no seu lugar.

Finalmente a Condessa confessa ao Conde que é Cherubino quem está ali; mas ao abrir a porta surge Susanna e tanto a Condessa como o Conde ficam muito surpreendidos. Então a Condessa, recompondo-se, diz que foi uma artimanha para o Conde ficar com ciúmes. Entra o jardineiro António, queixando-se que alguém partiu as suas floreiras ao saltar de uma janela. Entra Fígaro e diz que foi ele, mas António mostra um envelope que quem saltou pela janela, deixou cair; são, nem mais nem menos, as credenciais de Cherubino. Fígaro diz que Cherubino lho havia dado porque faltava o selo, mas o Conde não fica convencido com a explicação. Nesse mesmo momento, aparecem novamente Bartolo e Marcellina, que reclamam ao Conde o cumprimento da sua demanda, a sua boda com Fígaro.

Ato III

O juiz Don Curzio exige a Fígaro o cumprimento do contrato com Marcellina, pagar-lhe uma grande soma de dinheiro. Mas como este não a tem, obriga-o a casar com ela. Fígaro escusa-se dizendo que ele é de família nobre e que não pode casar-se sem uma autorização dos pais. Como prova dessa nobreza, mostra as fraldas que levava quando o encontraram e um sinal no braço direito.

Então Marcelina diz que Fígaro é o seu filho, que desapareceu pouco depois de nascer, e que Bartolo é o pai; assim já não tem que se casar com ela. Quando chega Susanna e vê Marcellina e Fígaro abraçados, dá-lhe uma bofetada. E Marcelina explica-lhe a nova situação.

A Condessa dita a Susanna uma carta para o Conde, de modo a confundi-lo. Entretanto entra um grupo de camponesas para oferecer flores à Condessa, entre as quais se encontra Cherubino disfarçado de mulher. Mas o jardineiro António e o Conde descobrem-no.

Celebra-se a boda entre Fígaro e Susanna e durante o baile, Susana dá ao Conde a carta que escreveu, a pedido da Condessa, marcando um encontro para essa noite. A agulha, com que está fechada a carta, deve ser devolvida em sinal de recebimento. O plano é que nessa noite não se encontre com Susanna ou com Cherubino, mas sim com ela - Condessa - que trocou a sua roupa com Susanna.

Ato IV

Fígaro surpreende a jovem Barbarina à procura da agulha que selava a carta, que o Conde lhe havia confiado para a entregar a Susanna. Mas ela perdeu-a. Fígaro sabe então que Susanna se vai encontrar com o Conde, mas ignora o plano. Enfadado, convida Bartolo e Basílio a serem testemunhas desse encontro e adverte-os sobre a infidelidade das mulheres.

Chegam a Condessa e Susanna, com as vestes trocadas, e ocasiona-se um encontro complicado.

Cherubino, que tinha ficado com Barbarina, vê a Condessa - que estava disfarçada de Susanna - e tenta beijá-la, mas nesse momento chega o Conde e é ele que recebe o beijo. Este responde-lhe com uma bofetada, mas atinge Fígaro que se tinha acercado para ver o que se passava.

Para se vingar do Conde, Fígaro começa a cortejar Susanna, pensando ser a Condessa, mas quando a reconhece declara-lhe o seu amor e esta enfurece-se cobrindo-o de bofetadas já que não se apercebeu que tinha sido reconhecida pelo marido. Quando dá conta, o par abraça-se e isto ira o Conde, que confunde Susanna com a Condessa. Quando se apercebe da situação, o Conde pede perdão à esposa pelas suspeitas e pela sua má conduta. A Condessa perdoa-o e acaba tudo numa alegre festa.
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Fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Le_nozze_di_Figaro
http://pt.wikipedia.org/wiki/Wolfgang_Amadeus_Mozart
http://www2.uol.com.br/spimagem/opera/figaro.html

http://en.wikipedia.org/wiki/The_Marriage_of_Figaro
http://www.operafolio.com/list_of_opera_libretti.asp (libretto)
http://edocs.icm.gov.mo/fimm/23/2973.pdf   (XXIII Festival de Música de Macau)


Vídeos
http://www.youtube.com/watch?v=FqVLkHgvHfI  (legenda inglês)
http://www.youtube.com/watch?v=AV-aBtywWhs (legenda italiano)
http://www.youtube.com/watch?v=G9vNTDljvdU (legenda espanhol)
http://www.youtube.com/watch?v=WBPV9C3VXbQ (legenda italiano)

2 comentários:

  1. Peça lindíssima,,,de muito bom gosto a postagem... parabéns!!!

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